Postado em sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Acusados de furto, um é detido e o outro foge


 Henrique Higino

O  menor R.C.T, 17 anos (foto), foi detido pela Polícia Militar, na noite desta quinta-feira, acusado de furtar uma residência na rua Joaquim Manso Vieira, no bairro Jardim Elite. Ele teria praticado o furto em companhia do irmão, Rodrigo Vieira Terra, 19 anos, o “Rodriguinho”, que conseguiu fugir. “Rodriguinho” é conhecido no meio policial e já foi detido outras vezes por furto.

Os dois entraram na residência pelo telhado e furtaram cerca de R$300 reais em mantimentos, além de um par de tênis. Um outro menor, C.C.M, 17 anos, também foi detido acusado de receptação. Ele teria comprado o par de tênis furtado.

O menor, acusado de furto, foi detido no próprio bairro, onde também reside. A PM chegou até ele assim que soube do furto, anunciado pela proprietária do imóvel, que não estava em casa quando eles entraram na residência.  Os policias encontraram o garoto próximo ao imóvel furtado, com parte da mercadoria, além de uma faca e um estilingue. Ele ainda tentou fugir, mas acabou sendo capturado. Os PMs fizeram várias buscas na região, mas até a publicação desta reportagem, Rodriguinho não havia sido localizado.

“Cheguei em casa e quando vi que tinham entrado já sabia que eram os dois”, disse a dona de casa S.C.S, 31 anos, que pede para não ser identificada. Ela conta que foi vítima dos irmãos pela segunda vez em menos de cinco meses. “Em outubro eles entraram aqui em casa e levaram até minha parabólica”, disse, ressaltando que desta vez furtaram apenas mantimentos porque os eletrodomésticos estavam guardados na casa do vizinho. Segundo ela, os R$300 reais em mercadoria foram comprados fiado. “Estou sem dinheiro até para comprar comida e ainda eles entram e levam tudo”, reclamou.

As queixas da dona de casa não se limitam apenas a ação dos dois acusados de furto. Ela reclama do prefeito Pompilio Canavez (PT), que reside no mesmo bairro “e não tem feito nada pela segurança”. Disse que pretende fazer um abaixo-assinado pedindo mais segurança no local e entregar para o chefe do Executivo Municipal. “Tem que ter mais ação por parte dele”, cobrou.

O pedreiro A.E.M, 51 anos, marido da dona de casa e que, também, pede para não ser identificado, fez um desabafo: “Não temos mais sossego para trabalhar. Toda vez que saímos de casa temos que deixar as coisas no vizinho”. Ele conta que foi aconselhado por amigos a colocar laje na casa, “mas não tenho dinheiro pra isso”.

“Para usar crack”

Na Delegacia, o pai dos dois acusados, o aposentado Mauro Terra, 46 anos, estava desolado e com vergonha da ação dos filhos. Disse que não sabe mais o que fazer com os dois irmãos. “Eles fazem essas coisas para usar crack”, comentou. Segundo ele, a esperança é conseguir internar o “mais novo”. Aposentado por invalidez após um problema nas pernas, Terra disse que Rodriguinho “não tem mais jeito”, e que não pode reclamar com ele “senão acabo sendo agredido”.

“Sinto vergonha. Desta vez, cinco viaturas da polícia estiveram lá em casa e não sei mais o que faço”, concluiu.



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